27-02-2012 19:02

O QUE PRECISA MELHORAR PARA A QUALIDADE DO ENSINO MÉDIO

O Ensino Médio nas escolas públicas e até mesmo particulares do Brasil tem revelado uma grave situação: OS ALUNOS BRASILEIROS TÊM CHANCES SUBTRAÍDAS PARA COMPETIR EM IGUALDADE COM JOVENS DE TODO O MUNDO. 

Joanir de Queiroz Santana

 

Com base em um artigo publicado na Revista Veja, no ranking das escolas campeãs, composto por 10 escolas, apenas 1 é pública, as demais são de ensino particualar, concentradas principalmente na região sudeste. Pois bem, o estudo mostra que a educação no Brasil, além de ser insuficiente para uma competição igualitária dos nossos estudantes com os demais de todo o mundo, também é desigual de acordo com a região. 

A educação não é marcada apenas por prédios vistosos, por salas que oferecem para os alunos conforto e por escolas particulares de mensalidades caríssimas. Ajuda, mas não é o suficiente! Na faixa dos 15 anos, existem alunos que demonstram dificuldade de resolver operações simples de matemática como frações e porcentagens, além de também compreender textos curtos. A ciclicidade arcaica e fatal onde o aluno finge aprender, o professor finge ensinar e facilitar a obtenção da média ainda se faz presente nesta etapa do ensino. 

Várias razões explicam o cenário de terra devastada - a começar pelo despreparo dos professores. A maioria deles desembarca na sala de aula sem nenhuma esratégia para despertar o interesse de jovens inseridos em um mundo no qual o saber enciclopédico deixou de fazer sentido diante da internet. 

O Ensino Médio, assim como toda a grade da educação brasileira é um verdadeiro massacre para os alunos, onde a matéria é dada de forma superficial, numa carga horária que não passa das 4 horas diárias. Países desenvolvidos, como Coreia do Sul e Finlândia, o turno chega a 8 horas. Dizemos 4 horas, porque está no papel, mas a realidade não é bem essa, o desperdício do tempo com absenteísmo dos mestres, greves e ainda a indisciplina subtrai um bom tempo das horas designadas para aula. Aliás, falando-se de indisciplina, é um grave problema enfrentado pelas escolas particulares, que em na maioria das vezes não sabe lidar com esses casos. 

As deficiências dos jovens estudantes são reveladas de forma mais grave apenas no Ensino Médio, que é quando são submetidos a exames que realmente avaliam a qualidade do ensino. No entanto, as deficiências são acumuladas, durante o período de Ensino Fundamental. São deficiências gravíssimas que deixam o aluno chegar à etapa seguinte boiando na sala de aula. 

No final da Renascença o filósofo francês Michel de Montaigne (1533-1592)  já dizia que "uma cabeça benfeita vale mais do que uma cebeça cheia", que isso possa está valendo para os nossos dias atuais. Não é preciso ter nota para ir bem no Enem, por exemplo. É preciso compreender a matéria, compreender o mundo à sua volta para assim saber aprender

—————

Voltar