25-10-2011 09:45

COMO DESENVOLVER UM OLHAR CRÍTICO?

É uma grande questão educacional da nova era educacional: o desenvolvimento do olhar crítico no aluno. Questões de universidade e do ENEM, onde milhões de alunos são submetidos, exigem questões de contextualização, onde não basta, por exemplo, saber que Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil em 1500, é preciso entender os fatores que estavam ligados à sua chegada: a expansão marítima portuguesa, e ainda, anos depois com a necessidade de colonização, a perca do monopólio do comércio oriental. Olhando com um olhar mais crítico (isso na fase dos alunos), é possível notar ainda a introdução de forma desrespeitosa da cultura e crença lusitana no Brasil. Também, o uso da força, a escravização dos indígenas, pode já ser vista pelos alunos com um olhar mais crítico. 

Falo muito de História, pela formação e está em sala de aula lecionando a disciplina. 

Sim, mas como desenvolver no aluno um olhar crítico na qual leve-o à uma contextualização de modo geral, não apenas voltado para a História? 

  1. Aprender que aprendemos a partir do que já sabemos, princípio do conhecimento prévio. 
  2. Aprender/ensinar perguntas em vez de respostas, princípio da interação social e do questionamento. É preciso que o aluno seja levado a um mundo de perguntas infinitas, na qual ele será sempre estimulado a buscar resposas.
  3. Aprender a partir de distintos materiais educativos, princípio de não centralidade do livro-texto. O professor nem sempre dispõe do material necessário para a elaboração de aulas dinâmicas e atrativas, no entanto, existem materiais que na sua simplicidade conseguem dá um dinamismo incrível em determinadas aulas.  
  4. Aprender que a linuagem está totalmente envolvida em todas as tentativas humanas de perceber a realidade, princípio do conhecimento como linguagem.
  5. Aprender que o significado está nas pessoas , não nas palavras, princípio da consciência semântica.
  6. Aprender que o ser humano aprende corrigindo seus erros, princípio da aprendizagem pelo erro.
  7. Aprender a desaprender, a não usar conceitos e estratégias irrelevantes para a sobrevivência, princípio da desaprendizagem. Ou seja, é necessário formular por si só novos conceitos e novas ideologias diferentes das que já existem.
  8. Aprender que as perguntas são instrumentos de percepção e que definições e metáforas são instrumentos para pensar, princípio da incerteza do conhecimento.  
  9. Aprender a partir de distintas estratégias de ensino, princípio da não utilização do quadro de giz.
  10. Aprender que simplesmente repetir a narrativa de outra pessoa não estimula a compreensão, princípio do abandono da narrativa. Nesse caso, é preciso que o professor possa adequar a linguagem às variações linguísticas do local, à faixa etária dos seus alunos, etc. Isso pode ser obtido sem que haja o abandono da linguagem culta. 

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