24-10-2011 09:49

AULA EXPOSITIVA

VOCÊ NO CENTRO DAS ATENÇÕES

Da revista Nova Escola, nº 246, out. 2011

Não existe fórmula para determinar o momento de optar por essa estratégia de ensino. Ela pode abrir um assunto, ser usada no meio de uma sequência ou no fim dela . Isso é definido no planejamento, quando se avaliam os procedimentos a ser utilizados, de acordo com a disciplina, o conteúdo e os objetivos a ser alcançados, como nos exemplos a seguir: 

  • Apresentar informações. Essa utilização é importante quando novos dados sobre um tema que está sendo estudado se tornam essenciais para cumprir as atividades propostas. Em Ciências, ou Química e Física, por exemplo, isso funciona após um experimento, quando os jovens não conseguem explicar o que ocorreu apenas pela observação dos resultados. Para que avancem, o professor apresenta conhecimentos que eles não seriam capazes de encontrar e compreender sozinhos. 
  • Relacionar dados sobre um tema. Em História, por exemplo, a discussão sobre a situação vivida no passado serve como base para compreender fatos atuais, suas causas e suas consequências. Nem sempre um texto lido ou uma atividade são suficientemente completos a ponto de levar  garotada a analisar diferentes contextos que atendam ao planejamento. A forma como o professor desenvolve o raciocínio, estabelecendo conexões entre dados aparentemente sem ligação, faz com que se tone uma referência "O bom educador é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento de seu pensamento", diz Paulo Freire em Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Pratica Educativa.
  • Expor um repertório novo. Isso ocorre quando o tema em questão é algo tão distante do dia a dia dos alunos a ponto de eles serem incapazes de elaborar hipóteses. Em Língua Portuguesa, um exemplo é o momento de iniciar o trabalho com gêneros e autores não estudados. Como pedir que os jovens deem uma opinião sobre o trabalho de um ícone na literatura sem conhecer a época e o local em que viveu, a sociedade de que fazia parte e as influências que seu trabalho sofreu? Uma boa aula introdutória é capaz de envolver a sala e instigar todos a pesquisar mais sobre o escritor e a ler vários de seus textos.
  • Sistematizar conteúdos já trabalhados Funciona bem nas aulas de Matemáica, por exemplo, quando as crianças já fizeram atividades de cálculos ou participaram de jogos e são capazes de compreender um conceito com o de subtração. Muito diferente, portanto, de introduzir o conteúdo escrevendo n quadro a definição dele. 
  • Retomar conceitos não compreendidos. Se após uma avaliação fica constatado que muitos na sala não entenderam um assunto, a aula expositiva se transforma em opção para revisar e refletir sobre os erros cometidos. A estratégia é útil em todas as áreas

ATENÇÃO: o nível de atenção por parte dos alunos muda de acordo com a idade. Nos anos iniciais e no Ensino Fundamental I, é preciso que as aulas tenham um bom dinamismo, para que este seja ferramenta de fixação de conteúdos. Já nos ciclos de Ensino Fundamental II e de Ensino Médio a atenção é maior. A capacidade de manter-se atento está relacionada ao uso da linguagem como intrumento de comunicação, no caso, ao bom uso desta. 

E tem ainda os segredos da boa aula expositiva. Confira, clique aqui.

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